Blog da Parábola Editorial

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Educação Literária na Infância

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 Clecio Bunzen Jr (UFPE-CE)

 

Nos últimos dias, temos discutido a recente proposta do atual Ministério da Educação chamada de Política Nacional de Alfabetização (PNA). Por tal razão, iniciei, na minha página do Facebook, algumas postagens informais para indicar materiais gratuitos e de qualidade sobre a área da alfabetização no Brasil, assim como estudos no campo da educação linguística e da educação literária. O objetivo era mostrar que não deveríamos partir do “zero” ou negar todo o passado como faz o atual Ministério da Educação.

         Ao perceber uma boa recepção por parte dos(as) leitores(as) das postagens, pensei em transformá-las em algo mais sistemático e para um público um pouco maior. Surge assim uma lista com indicações e breves comentários sobre temáticas relacionadas ao ensino de língua e de literatura.

Na primeira postagem, indico cinco obras que podem auxiliar você a pensar a educação literária na infância. As obras são fruto de parceria das universidades com gestões anteriores do Ministério da Educação e/ou programas específicos de formação inicial ou continuadas de professores(as). Todas elas sugerem reflexões teórico-metodológicas para o trabalho com o texto literário na Educação Infantil ou na Educação Básica (especialmente, nos anos iniciais do ensino fundamental).

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Poesia na sala de aula

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Poesia na sala de aula é um livro que vem nascendo há muitos anos. Vem nascendo da vivência da leitura do poema em sala de aula nos mais diversos níveis de ensino. Com o tempo, a ele foram sendo incorporadas novas reflexões, leituras, indicações. Mas a base do livro é pensar caminhos para a leitura do poema, fugindo do modelo tradicional fornecido pelo livro didático.

 

“A base do livro é pensar caminhos para a leitura do poema, fugindo do modelo tradicional fornecido pelo livro didático”

 

Em Poesia na escola, defendo que o estudo da poesia não deve começar muito cedo. Mas a leitura, a aproximação mais lúdica do poema deve e pode começar o mais cedo possível. Até o final do ensino fundamental o eixo não deve ser o estudo, e sim a apreciação, a convivência cotidiana com os mais diversos tipos de poemas.  Para isso, a leitura oral é a chave, a porta de entrada para a aproximação do poema.

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NORMAS EM CONFLITO NA GRAMÁTICA ESCOLAR

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O desenvolvimento das pesquisas científicas sobre a linguagem tem proporcionado a contestação de vários dogmas cristalizados no imaginário comum quando o assunto é a língua e o uso que se faz dela. Apesar dos esforços, não é de espantar que haja ainda muita confusão, seja com relação ao trabalho do linguista (tachado por muitos como defensor de um “vale-tudo”), seja com relação a conceitos que ultrapassaram as fronteiras da ciência e caíram de paraquedas em esferas outras, como a escolar.

Se à escola cabe a divulgação dos saberes também científicos, vale a pena questionar a dificuldade que a Linguística encontra em se fazer integralmente presente no material didático disponibilizado aos estudantes. No entanto, o intuito da presente reflexão não é analisar os empecilhos com os quais se depara a ciência da linguagem para se firmar nos anuais escolares. Ao contrário, será analisado o trato de um termo que já se encontra “assentado” na educação básica: a norma.

Antes, é necessário fazer uma incursão histórica à década de 1960, que assistiu à divulgação mais expressiva dos estudos linguísticos, sobretudo por meio de sua introdução nos cursos de Letras. Na mesma época, também houve um aumento na produção de materiais didáticos, cujas finalidades eram duas principais:

(a) preencher uma lacuna da formação dos professores, tidos, já àquela altura, como profissionais que não estavam sendo formados de modo “adequado”;

(b) formar classes mais populares, por conta da demanda de escolarização por parte do processo industrial que se intensificara (González, apud Zilles e Faraco, 2015: 228)

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Linguística do texto: Irandé Antunes explica seu novo livro

Linguística do texto: Irandé Antunes explica seu novo livro

 

Não à gramática da palavra e da frase

 

Minha pretensão com Textualidade: noções básicas e implicações pedagógicas é oferecer aos professores da educação básica e a alunos dos cursos de Letras e Pedagogia uma introdução aos estudos da textualidade e do texto, com esclarecimentos a respeito de questões mais gerais e preliminares. Uma espécie de iniciação básica… Um começo de conversa… O que significa que é uma ‘iniciação’ (‘um começo’) de ‘uma conversa’, que vai se prolongar e se aprofundar depois… Quero eu!

 

Além dessa iniciação aos conteúdos ligados a esses tópicos textuais, pretendo trazer algumas orientações e sugestões de como os professores poderiam iniciar os alunos nesses estudos textuais, tirando do foco do ensino — como tem acontecido, ainda hoje, em muitas escolas do país — conceitos e atividades mais restritos à gramática da palavra e da frase.

 

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Tendências pedagógicas na prática escolar

Tendências pedagógicas na prática escolar

 

9 dicas de como aprender com os erros

 

Diana Laufenberg é uma professora de história que trabalha na Science Leadership Academy da Filadélfia, Pennsylvania. Ela fez uma palestra no TED Talk (2010), intitulada: “Como aprender? Com os erros”. Essa palestra está disponível na internet e disponibiliza legendas em português. Vale a pena ouvir. São apenas 10 minutos sobre tendências pedagógicas na prática escolar, mas tão preciosos! Não deixe de ver. Siga o link: http://www.ted.com/talks/lang/pt-br/diana_laufenberg_3_ways_to_teach

 

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Faculdade de Letras, xiii... e agora?

Faculdade de Letras, xiii... e agora?

 

5 Dicas para fazer do aluno um profissional

 

O sistema educacional brasileiro tem mais leis no papel do que organização de verdade na prática. Uma das consequências mais diretas disso é que os níveis de ensino não conseguem conversar entre si. A educação básica tem métodos, materiais e programas com uma estética própria que não têm qualquer relação com a estética da graduação. Então, quase sempre ocorre um choque tremendo no aluno que sai do ensino médio e consegue entrar na faculdade de Letras. Ele se sente perdido e demora bastante para se dar conta do que querem dele ali –  isso quando consegue descobrir o caminho das pedras. O mesmo ocorre quando ele sai da graduação e entra em um mestrado ou doutorado, que são outros dois níveis que parecem se odiar, cada um com sua estética própria e monológica. Ao invés de haver uma contínua progressividade nos níveis de ensino, está cada um no seu quadrado, e o aluno que se vire para se adaptar. E isso é bem ruim.

 

Vejamos, então, alguns elementos importantes da estética geral da graduação. Queremos ajudar o aluno ingressante a descobrir o que querem dele em um curso de Letras. A ideia é diminuir o sofrimento pessoal e melhorar o desempenho desses alunos por meio da compreensão de como as coisas funcionam (ou deveriam funcionar) nos cursos superiores brasileiros. Vamos lá!

 

 

1. Chega de pegar na mão 

 

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Ensino de línguas estrangeiras na educação básica

Ensino de línguas estrangeiras na educação básica

Como ensinar inglês e outros idiomas na educação básica?

 

A Parábola Editorial me incumbiu a tarefa de escrever um texto em resposta à pergunta: Como ensinar inglês e outros idiomas na educação básica? É tarefa difícil responder a essa pergunta em um texto curto e mais difícil ainda se tratarmos das escolas públicas. Afinal, as escolas privadas, em sua maioria, possibilitam aos alunos aulas de idiomas de qualidade por possuírem a infraestrutura necessária, disponibilizando equipamentos e materiais didáticos a alunos e professores. Além disso, série após série, elas conseguem manter uma sequência de ensino, com um número razoável de alunos por turma, garantindo-lhes a possibilidade de desenvolverem inclusive a fala e a compreensão oral. Há escolas privadas que contratam os serviços de institutos de idioma, geralmente, de inglês, para se responsabilizarem pelas aulas. Não há, portanto, necessidade de eu escrever mais sobre elas aqui.

ESCOLAS PÚBLICAS

A realidade das escolas públicas, infelizmente, é outra se sairmos da esfera federal e nos mantivermos nas esferas municipal e estadual. Geralmente, faltam equipamentos e materiais didáticos. Às vezes, a carga horária semanal é baixa e as turmas são grandes. Em algumas escolas, há ainda o problema de os alunos terem aulas de uma língua em um ano, como, por exemplo, espanhol, e de outra língua no ano seguinte, como, por exemplo, inglês. Essa descontinuidade traz óbvios prejuízos para a aprendizagem.

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