Blog da Parábola Editorial

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LINGUÍSTICA TEXTUAL

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TEXTUALIDADE – NOÇÕES BÁSICAS E IMPLICAÇÕES PEDAGÓGICAS

 

A Irandé Antunes, nos seus 80 anos

 

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Língua Portuguesa e a excessiva busca de correção

Língua Portuguesa e a excessiva busca de correção

10 MANDAMENTOS +1 PARA EXORCIZAR A HIPERCORREÇÃO

 

Ultracorreção: fenômeno que se produz quando o falante estranha, e interpreta como incorreta uma forma correta da língua e, em consequência, acaba trocando-a por uma outra forma que ele considera culta; nessa busca excessiva de correção […], nota-se em geral o temor do falante de revelar uma classe de origem socialmente discriminada; hipercorreção, hiperurbanismo” (Dicionário Houaiss da língua portuguesa).

 

  1. Não usarás o verbo possuir

Em 99% dos casos, o querido e meigo verbo ter resolve a situação. Nos demais casos, dê uma paquerada no complemento, namore o objeto direto e veja qual verbo combina melhor com ele. Por exemplo, uma fábrica não “possui” encomendas de um modelo novo de carro: ela recebe encomendas. Ninguém “possui” dores nas costas: a gente sente/sofre/padece de dores nas costas. Uma cidade não “possui” problemas de transporte público: ela exibe/apresenta/ostenta problemas de transporte público… e por aí vai. O problema não é o verbo em si, mas a tendência que muitas pessoas exibem de querer usar possuir na crença de que é mais “sofisticado” ou “mais chique” e, por causa disso, de querer empregar o verbo dez ou doze vezes por página! Melhor é não usar nunca.

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Bastidores dos estudos da variação linguística no Brasil

Bastidores dos estudos da variação linguística no Brasil

Relato de Stella Maris Bortoni-Ricardo

 

Enviou-me a Parábola Editorial sugestão de que eu escrevesse sobre curiosidades de variação linguística. O tema é oportuno porque o Brasil é a nação onde o modelo epistemológico e metodológico da variação linguística alcançou o mais amplo desenvolvimento, se considerarmos todos os países em que a língua ou línguas nacionais têm sido objeto desses estudos.


Quem me afirmou isso foi William Labov, e essa para mim já é a primeira importante curiosidade sobre o tema. No início da década de 1990, eu havia recentemente retornado de um estágio de pós-doutorado na Universidade da Pensilvânia, onde William Labov leciona há muito tempo, quando fui prazerosamente surpreendida com um amável convite de colegas linguistas da UFRJ para ir ao Rio de Janeiro encontrar-me justamente com o professor Labov. O convite partiu da saudosa amiga Alzira Tavares de Macedo, linguista do Departamento de Linguística e Filologia da Faculdade de Letras da UFRJ.

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Linguística contemporânea

Linguística contemporânea

Relativa cortadora: Que história é essa?

Recentemente, folheando a revista de bordo da Azul, topei com uma página inteira de propaganda da própria empresa que trazia, no alto e em letras bem grandes, a seguinte frase: “Você acumula pontos todos os meses para fazer aquela viagem que sonha todos os dias”. Claro que na mesma hora guardei a revista na mochila para incluir o achado no meu banco de dados. Por quê? Porque é um indício de uma mudança linguística que já se completou. Como assim?


Desde os anos 1970, diversos linguistas brasileiros vêm se dedicando a estudar o fenômeno chamado estratégias de relativização. As orações iniciadas por um pronome relativo (que, cujo, o qual etc.) são rotuladas tradicionalmente de “orações adjetivas”, mas na pesquisa linguística contemporânea recebem o nome de orações relativas. Quando o verbo é transitivo direto, tudo se passa sem nenhuma surpresa: “O carro que comprei é vermelho”. Mas quando o verbo é transitivo indireto, ou seja, quando o complemento desse verbo é introduzido por uma preposição, a coisa muda de figura. Onde a prescrição tradicional exigiria, por exemplo: Ninguém imagina os problemas por que / pelos quais eu tenho passado”, o que de fato ouvimos (e lemos) é: Ninguém imagina os problemas que eu tenho passado. Onde foi parar a preposição? Ela foi apagada ou cortada, justamente por isso essa construção é chamada de relativa cortadora.

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Desafios para o professor de língua portuguesa recém-formado: saberes teóricos necessários

Desafios para o professor de língua portuguesa recém-formado: saberes teóricos necessários

Os principais desafios para o professor de língua portuguesa 

Um bom professor de língua precisa entender que atualmente se considera o texto como elemento fundamental que possibilita a interação verbal, na oralidade e na escrita. Ele é entendido como unidade de comunicação, formada por elementos do sistema linguístico e por aspectos relacionados a seu uso. Nessa perspectiva, o texto é formado por sua estrutura morfossintática (elementos lexicais e gramaticais organizados de acordo com regras do sistema da língua), pelos seus níveis de significação e pelas suas possibilidades pragmáticas de interpretação, presentes quando a unidade textual está inserida em contextos específicos de uso.

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Ensino de línguas estrangeiras na educação básica

Ensino de línguas estrangeiras na educação básica

Como ensinar inglês e outros idiomas na educação básica?

 

A Parábola Editorial me incumbiu a tarefa de escrever um texto em resposta à pergunta: Como ensinar inglês e outros idiomas na educação básica? É tarefa difícil responder a essa pergunta em um texto curto e mais difícil ainda se tratarmos das escolas públicas. Afinal, as escolas privadas, em sua maioria, possibilitam aos alunos aulas de idiomas de qualidade por possuírem a infraestrutura necessária, disponibilizando equipamentos e materiais didáticos a alunos e professores. Além disso, série após série, elas conseguem manter uma sequência de ensino, com um número razoável de alunos por turma, garantindo-lhes a possibilidade de desenvolverem inclusive a fala e a compreensão oral. Há escolas privadas que contratam os serviços de institutos de idioma, geralmente, de inglês, para se responsabilizarem pelas aulas. Não há, portanto, necessidade de eu escrever mais sobre elas aqui.

ESCOLAS PÚBLICAS

A realidade das escolas públicas, infelizmente, é outra se sairmos da esfera federal e nos mantivermos nas esferas municipal e estadual. Geralmente, faltam equipamentos e materiais didáticos. Às vezes, a carga horária semanal é baixa e as turmas são grandes. Em algumas escolas, há ainda o problema de os alunos terem aulas de uma língua em um ano, como, por exemplo, espanhol, e de outra língua no ano seguinte, como, por exemplo, inglês. Essa descontinuidade traz óbvios prejuízos para a aprendizagem.

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