Blog da Parábola Editorial

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Língua portuguesa em pauta 

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CONVERSA COM CARLOS ALBERTO FARACO

 

 

No âmbito do projeto “O Tamanho da Língua”, Carlos Alberto Faraco, professor titular aposentado e ex-reitor da Universidade Federal do Paraná, durante uma tarde na Livraria do Chain, em Curitiba, conversou comigo sobre o tema a que tem dedicado seus 45 anos de vida acadêmica: a língua portuguesa.

 

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LÍNGUA PORTUGUESA

devemos-apontar
 
Devemos apontar publicamente os erros de português dos outros?

 
Imaginem que encontram um erro ortográfico num blogue ou no Facebook.
 
Aquilo dói-vos na alma de defensores da língua.
 
O que fazem?
 
Há quem tenha a tendência para apontar para o erro de forma muito pública, com toda a pontuação e palavras necessárias para mostrar que se está a rir a bom rir com a ignorância alheia.
 
Ora, talvez o mais correcto seja olhar para o texto e ver se o erro é uma distracção ou gralha ou se, pelo contrário, o autor tem problemas com a ortografia.
Neste último caso, uma humilhação pública só vai afastar a pessoa da melhor forma de aprender a escrever bem: ler e escrever muito. Mais vale ignorar, quanto a mim — mas compreendo que outros pensem doutra maneira.
 
Humilhação pública só vai afastar a pessoa da melhor forma de aprender a escrever bem: ler e escrever muito.
 
Por outro lado, se o erro for uma distracção e se acharmos que vale a pena apontá-lo ao autor, qual a vantagem de fazê-lo em público? Podemos sempre enviar um e-mail ou mensagem privada.
 
Andar a envergonhar os outros publicamente só para mostrarmos quão espertos somos é um dos poucos verdadeiros “ataques à língua portuguesa”: retira confiança a quem escreve, faz-nos hesitar demasiado, leva a muitas desistências, deixa-nos a todos enervados e às vezes abre guerras sem grande necessidade.
 
Andar a envergonhar os outros publicamente só para mostrarmos quão espertos somos é um dos poucos verdadeiros “ataques à língua portuguesa”.
 
Para dizer a verdade, defendemos mais a língua portuguesa quando a usamos sem medo — e é um prazer ler sem vestirmos a capa de caçadores de erros (quem trabalha em tradução tem de caçá-los por motivos profissionais…).
 
Abro uma excepção: quando os próprios atacantes gozam com erros alheios de forma pública e, vai-se a ver, os erros não são erros — nesse caso temos mesmo de os corrigir.
 
Ainda hoje fui acusado de inventar uma palavra. Qual palavra? A palavra “dum”.
 
Sim, eu sei que há quem odeie essa contracção, mas ela existe e é legítima. Não merece a forma empolgada como o comentário foi escrito.
 
(Isto foi escrito como comentário a uma partilha do artigo Quais as duas tarefas mais importantes dum tradutor?)
 

 
Ora, bastaria à comentadora ter-se lembrado d’A Queda dum Anjo. Para quem tem dúvidas, pode ir sempre ao Ciberdúvidas. Ou consultar uma gramática antes de acusar os outros…
 
Para lá das discussões de português, julgo que seria uma boa regra de etiqueta manifestar a nossa discordância em blogues e no Facebook como se estivéssemos cara-a-cara com a pessoa com quem não concordamos.
 
Mas aqui já estou a ser utópico, certo?
 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Língua portuguesa e geopolítica

Língua portuguesa e geopolítica

 

Os brasileiros, os galegos e os portugueses 

 

Nós e os brasileiros

 

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Linguagem e línguas: política, ideologia e emoção

Linguagem e línguas: política, ideologia e emoção

Geopolítica, geolinguística e terminologia

 

As línguas se assemelham a esponjas. Elas absorvem palavras para preencher lacunas. Não há idiomas “puros”. Eles são todos híbridos, misturados. As palavras de um idioma x ingressam no idioma como “empréstimos”; nunca são “devolvidas” e, por isso, o termo neologismo procede. Algumas se enraízam enquanto outras são descartadas1. O interessante aqui é que os próprios falantes não têm controle nem plena consciência do fenômeno. Um(a) usuário(a) ouve ou lê determinada palavra estrangeira e, na maior parte das instâncias, ele ou ela inconscientemente a repete ou a escreve.  Assim o vocábulo é lançado em outros terrenos. A única intervenção possível por parte dos usuários, especialmente gramáticos, filólogos, lexicógrafos, é a fixação da ortografia e o registro (ou não) dos neologismos em vocabulários, glossários e dicionários.


Os idiomas funcionam como bandeiras (Rajagopalan, 2002, 2004). Na verdade, os idiomas nada fazem. São os usuários que se apropriam da linguagem com o intuito de convencer, persuadir e manipular. Diria que em todos os países os políticos agitam bandeiras para fins eleitoreiros.

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