Blog da Parábola Editorial

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MARCOS MARCIONILO é formado em filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, onde seguiu um mestrado em filosofia contemporânea com estudos sobre a filosofia de Michel Foucault. Desde 2001, é sócio-editor da Parábola Editorial.

Sueli Carneiro, filósofa do feminismo negro

Sueli-Carneiro

Sueli Carneiro [*1950] é a primeira Personalidade Literária do Prêmio Jabuti não proveniente do Eixo Literatura. Em 2022, o Prêmio Jabuti olhou para si mesmo e, de repente, se deu conta de que a Personalidade homenageada não teria de ser obrigatoriamente ficcionista, uma vez que o conceito de literatura é, por definição, mais amplo que a ficção apenas. A literatura é a arte de escrever, a escrita, mas também a instrução, o saber, a ciência Nela cabe toda figura proveniente da filosofia, da sociologia, de qualquer das áreas das ciências humanas, de qualquer das áreas da produção de sentido. Assim surge essa homenagem.

Nossa Personalidade Literária se declara “uma intelectual orgânica”, e sua obra comprova toda a organicidade de seu pensamento. Em confronto aberto com os nós históricos de uma sociedade que se declara democrática, harmônica e mestiça em vez de engendradamente racista, Sueli Carneiro encontrou em Michel Foucault as ferramentas teóricas para confrontar esse delírio. Doutora em Educação pela Universidade de São Paulo, temos já em sua tese de 2005 [“A construção do outro como não-ser como fundamento do ser”] um modelo de interlocução intelectual que recusa o individualismo genial e aposta no diálogo constante com as referências teóricas com as quais ela escolheu pensar para fazer avançar conceitos fundamentais, que nos trazem até esse fecundo momento da história brasileira: epistemicídio, racismo estrutural, biopoder, instrumentos cortantes para contornar a desqualificação política e economicamente programada dos tidos por inferiores, das mulheres e homens legados ao não-ser como fundamento do ser de quem se arroga todos os direitos de grupo no topo com base na negação dos direitos de todos…

Ao atender  a nossa chamada, Sueli Carneiro se disse “não escritora”. Ela também achava que apenas ficcionistas poderiam receber nossa homenagem. É fato comprovado que as personalidades mais merecedoras do título de Personalidade Literária, ao se verem diante da formalização do convite, hesitam, pensam duas vezes, para depois se verem refletidas na longa linhagem das(os) pensadoras(es) que fazem da letra dura da literatura o modo de mais corajosamente pensarem o Brasil. Há quem o faça ficcionalizando, há quem o faça criando uma obra de interpretação e de convocação ao diálogo e ao aquilombamento, esse dispositivo de refacção do laço social em novos termos. Depois de aceitar, ela nos diz que subirão ao palco da solenidade de entrega do título todas as suas interlocuções e todas as suas parcerias, entre as quais se contam Milton Santos, Lelia Gonzalez, Abdias do Nascimento, Octavio Ianni, Boaventura de Souza Santos, para citar apenas algumas. Assim como serão homenageados todos os coletivos  e pessoas que, inspiradas(os) por ela, encetam o necessário combate. Como tudo o que é orgânico, o pensamento de Sueli Carneiro aposta no coletivo, na junção, na caminhada em família, em grupo para, finalmente, pensarmos numa caminhada em sociedade, uma vez desfeitos todos os atentados históricos à liberdade e à inclusão de todas as forças que configuram nosso país, nossa casa no mundo.

Diante da figura lunar de Sueli Carneiro, a Personalidade Literária de 2022 é então concedida a uma doutora em filosofia que trabalha em todas as frentes possíveis para incrementar e fazer reconhecer a representatividade negra na produção de conhecimento. Doutora “honoris causa” pela Universidade de Brasília também neste 2022, ela chama a atenção para um dado inegável:

“[…] Os ativistas negros, por sua vez, com honrosas exceções, são tratados, pelos especialistas da questão racial, como fontes de saber, mas não de autoridade sobre o tema. Os pesquisadores negros em geral são reduzidos também à condição de fonte e não de interlocutores reais no diálogo acadêmico, quando não são aprisionados exclusivamente ao tema do negro” (A construção do outro como não-ser como fundamento do ser”, 2005, p. 60).

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A vida na Grécia - rapsódia

Blog27Julho Um romance inesperado numa editora impensada

A vida na Grécia é um inesperado romance numa editora, à primeira vista, impensada. O autor é reconhecido como um dos linguistas de destaque na atualidade, autor também de obras infantis, juvenis e de poesia, além de tradutor com mais de 150 traduções publicadas. Suas obras mais divulgadas e lidas [pensemos em Preconceito linguístico, seu long-seller há 22 anos] estão no campo dos estudos de língua/linguagem. Nunca se soube que ele fosse romancista e, de repente, aparece ele com um romance… Temos um enigma em torno da aparição de A vida na Grécia — rapsódia. A editora, igualmente, leva vinte anos publicando no mesmo campo, pelo qual se notabiliza, pouco se sabendo, até agora, da vocação do autor e da Parábola Editorial para o romance. O lançamento aqui apresentado foge do que se conhece tanto do autor quanto da editora.

 A vida na Gréciarapsódia é um “romance de formação” em cujas páginas vamos acompanhar o trajeto de vida de Manuel, da infância à vida adulta. Manuel aparece inicialmente na infância como uma personalidade tímida, dotada de uma sensibilidade muito aguçada que lhe impede uma interação fácil com a maioria das pessoas e com o mundo circunstante. A “Grécia” do título se refere precisamente a esse desajuste, a esse “lugar distante” em que Manuel vive, muito para dentro de si. Ele vive num mundo que se manifesta em pedra, sua vocação é para o assombro, a cada tentativa de fazer laço.

Por outro lado, o “rapsódia” do subtítulo remete ao poético que impregna a prosa do autor. Bagno escreve para seduzir com um texto que simultaneamente abriga e desafia as(os) leitoras(es). Se “rapsódia” remete a “recitação de trecho de um poema épico”, “fragmento de um poema”, “epopeias de uma nação”, “peça musical”…,  logo vemos que esse romance está todo tomado de poesia. Pouco se verá atualmente prosa tão poética e sonora quanto a que temos nesse livro. Conta-nos o autor:

“Foram 33 anos de escrita, reescrita, avanços e recuos, esquecimentos fingidos e lembranças duvidosas, saudades de nada e suspeitas de tudo… A minha é uma Grécia toda particular, muito íntima, e às vezes me pergunto se não teria sido melhor mantê-la oculta entre as pedras que amontoei ao seu redor. Mais de meia vida fantasiada de mito, disfarce que mais revela do que esconde, como é próprio dessa coisa chamada palavra”.

A vida na Grécia levou 33 anos sendo escrito, sem que ninguém se desse a menor conta de sua construção, nem mesmo as pessoas mais próximas do autor. De repente, o romance se impõe a ele, que teve de dá-lo a lume. Extinguia-se a relação platônica com a escrita de um livro que exigia abandonar a forma ideal a que se tenta chegar pela escrita e pela reescrita, pela contemplação da forma. Confirma-o o autor: “Na verdade, a forma ideal que me habita a alma nunca será atingida”.

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LEITURA É RESISTÊNCIA

LEITURA É RESISTÊNCIA

 

Estive em Belo Horizonte, nos dias 15 e 16 de outubro de 2018, convidado por Ana Elisa Ribeiro, para conversar e fazer uma oficina de leitura durante a 6ª Festa de Linguagens e Ciência [FLIC], evento promovido na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia pelo Programa de Pós-Graduação em Estudos de Linguagens do CEFET-MG. Vocês nem imaginam. Deparei com uma escola federal de ensino técnico fundada em 1910, com onze campi espalhados por todas as Minas Gerais com atuação institucional em três níveis [ensino médio, graduação e pós-graduação] em muitas áreas técnicas, mas não apenas, porque as áreas de Estudos da Linguagem e a de Pedagogia dão ao caráter predominantemente técnico da instituição como um todo o sopro quente das humanidades. 

 

A FLIC, evento interno e simultaneamente aberto [a desejada contrapartida social de todo investimento público], dedicada a temas como tecnologia, jornalismo, linguagem, edição, literatura, arte e vida acadêmica, estava aberta, na mesma oficina, a pós-graduandos, graduandos e estudantes do nível médio, uma experiência comovente. A oficina que ofereci ["Minha história com a leitura – Livros e resistência"] recebeu majoritariamente um grupo de estudantes, em torno dos 16 anos, do curso técnico de Hospedagem, uma turma que me encheu o coração de um vermelho sanguíneo nesses dias cinza. Aquelas meninas e meninos são leitores de um vigor tão evidente, capaz de fazer arder um coração já, às vezes, cansado, porque elas e eles vibram com a leitura, tanto que foram atraída[o]s para uma oficina sobre isso e têm histórias de vida com a leitura que justificam, neste momento, a gente pensar na urgência mais premente de nos unir em torno da escola pública gratuita e de qualidade e gritar:

 

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LETRAMENTOS DIGITAIS

LETRAMENTOS DIGITAIS

 

Preciso me preocupar com as novas tecnologias?

 

Você tem dúvidas e se preocupa com as mudanças que os letramentos digitais podem provocar em sua profissão e em sua vida? A seguir, algumas crenças mantidas por professores que ainda se inquietam com as novas tecnologias são analisadas por Gavin Dudeney, Nicky Hockly e Mark Pegrum em seu Letramentos digitais (São Paulo: Parábola Editorial. Trad.: M. Marcionilo, 2016, p. 65-66).

Você se reconhece algumas delas? Venha ver!

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LINGUÍSTICA TEXTUAL

LINGUÍSTICA TEXTUAL

 

TEXTUALIDADE – NOÇÕES BÁSICAS E IMPLICAÇÕES PEDAGÓGICAS

 

A Irandé Antunes, nos seus 80 anos

 

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Português brasileiro e sociedade no Brasil

Português brasileiro e sociedade no Brasil

 

PORTUGUÊS BRASILEIRO E SOCIEDADE NO BRASIL: debate histórico e político

 

 

DICIONÁRIO CRÍTICO DE SOCIOLINGUÍSTICA, de Marcos Bagno, e HISTÓRIA SOCIO POLÍTICA DA LÍNGUA PORTUGUESA, de Carlos Alberto Faraco, foram lançados em evento no Memorial da América Latina.

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Leitura: ainda precisamos falar muito sobre isto

Leitura: ainda precisamos falar muito sobre isto

 

O livro que faz amar os livros mesmo que você não goste de ler!

 


Nem 1% dos leitores da Parábola Editorial, muitos dos muitos mais que nos acompanham [odeio a palavra “seguidores”], se deu conta do lançamento de O livro que faz amar os livros mesmo que você não goste de ler!, em agosto de 2014, de Françoize Boucher.

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PRECONCEITO LINGUÍSTICO E HUMOR NA INTERNET

PRECONCEITO LINGUÍSTICO E HUMOR NA INTERNET

Variação linguística e paródias nas redes sociais

 

Hoje, ao amanhecer, cedendo ao gesto já compulsivo de acender o celular, fui acordado pela mensagem: “Pra tu vê como vale tudo em nome do humô”. O link que se seguia me conduziu ao Facebook e a um vídeo no qual o humorista fazia um arremedo de aula de língua portuguesa. E que ponto ele abordava? A correção forçada da pronúncia dos termos “planta”, “problema”, “paroxítona” e “paralelepípedo”…


Ele tentava disciplinar a pronúncia desses termos, tendo por alunas sua mãe e outra pessoa cujo vínculo com ele não está determinado, todos os três de origem claramente popular. O vídeo, postado em 29 de março de 2017 às 12:10, já foi visto por mais de dois milhões de pessoas [!], foi compartilhado quase 25 mil vezes e recebeu dezoito mil comentários.


Há graça no trabalho do comediante? Alguma, especialmente se se considera que ele tem também a língua presa [anquiloglossia].


Temos de respeitar a liberdade do comediante de abordar todo e qualquer tema que escolha, em nome da liberdade de expressão e do respeito à autonomia de criação artística? Sim, claro!

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Cursos de Letras no Brasil

Cursos de Letras no Brasil

Formados em Letras fazem o quê?

A pergunta pode parecer boba, mas não é. Fazia algum tempo que eu desejava me aproximar desse assunto em nosso blog, quando tive a atenção despertada por comentários feitos em grupos de discussão, em linhas do tempo no Facebook e por relatos de formadores de professores de língua[s] e literatura[s] em nível de graduação: na área de Letras, há grande desestímulo à carreira docente, muito por conta das duras condições de trabalho e da injustificadamente baixa remuneração dos profissionais formados nos cursos de Letras que se dispõem a atuar na educação básica. Até mesmo aqueles que seguem para o mestrado e o doutorado em Letras muitas vezes afirmam não serem reconhecidos em seus esforços de formação profissional enquanto não conseguem postos de trabalho no funcionalismo público federal, claro, com as exceções de praxe daqueles que conseguem postos de trabalho em algumas instituições privadas que invistam em pesquisa e ofereçam planos de carreira minimamente compensadores.


Celso Ferrarezi Jr.
 me contou, tempos atrás, a história do carteiro que atende a rua em que ele mora em Alfenas, MG. O carteiro, formado em História, encontrou mais estabilidade e segurança em ser funcionário concursado dos Correios do que no magistério municipal ou estadual; mais segurança como carteiro do que em assumir posto como professor na rede oficial de educação básica no município em que mora. Nenhum problema com ser carteiro, nenhuma crítica à escolha individual de qualquer profissão. A questão é o desperdício de tempo e de recursos, o investimento fraudado, o plano profissional abandonado pela crônica falta de investimento oficial em educação, não só em Minas Gerais, mas no Brasil como um todo.

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IVO NÃO VIU A UVA

IVO NÃO VIU A UVA

Redação do Enem 2016 


Gente, ficou impossível não falar da redação do ENEM 2016, com o tema: “Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil”.


Grata surpresa foi ver que o ENEM manteve, na linha dos últimos temas escolhidos, a decisão de levar os estudantes a refletirem e escreverem trinta linhas sobre um assunto de impacto decisivo para o ordenamento social brasileiro, para nossa convivência cotidiana na luta pela defesa de nossos interesses mais legítimos. Não à toa o senso comum recomenda: “Religião e política não se discutem!”, dado o potencial explosivo desses dois temas que, na verdade, são mais que temas, posições pelas quais se vive e se morre na longa duração da história humana.

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“Não sei falar português!”

“Não sei falar português!”

Guia básico do português brasileiro


A Parábola Editorial é uma editora comprometida, desde sua fundação, com a língua portuguesa do Brasil, com o português brasileiro.


Um pouco pelo fato de Marcos Bagno ter figurado entre os três sócios originais da casa [na companhia de Andréia Custódio e Marcos Marcionilo] e de ter continuado como autor e “sócio afetivo” depois de sua saída da sociedade, ainda em 2002; um pouco pelas inquietações teóricas do editor e muito pelo fato de a linguística brasileira, depois de mais de cinquenta anos de pesquisa [a linguística é matéria universitária desde 1962 entre nós], estar a ponto de dar frutos maduros de reflexão sobre nossa língua desde um ponto de vista teórico que não se pode e não se deve mais ignorar.

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O livro que faz você (+ seu filho adolescente) megafeliz

O livro que faz você (+ seu filho adolescente) megafeliz

A autora Françoize Boucher ensina como pais e filhos adolescentes podem ser mais felizes

 

O livro que faz você megafeliz (mesmo nos piores dias) é uma brincadeira séria. Assumindo o papel de “professora de felicidade” (como se pudesse existir uma professora dessas), Françoize Boucher, a autora do texto e das ilustrações, aborda o tema da felicidade, que tem um peso considerável e cada vez mais crescente na vida de todas as pessoas e que assume, tantas vezes, a forma de angústia na cabeça dos adolescentes. É nessa fase da vida que surgem perguntinhas nada fáceis de responder como:

 

1. Será que todo mundo pode ser feliz?

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Que tal montar um clube de leitura em família?

Que tal montar um clube de leitura em família?

Começar um clube de leitura em família pode ser divertido (e econômico!)

 

Adolescentes pobres que conseguem ler

Numa remota infância numa vila da Zona da Mata Norte de Pernambuco chamada Upatininga, um grupo de crianças pobres, muito pobres mesmo, lia muito, lia tudo o que lhes caísse nas mãos.

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Literatura útil é inútil

Literatura útil é inútil

Literatura tem que servir para pais educarem filhos adolescentes?

 

Há muitas discussões sobre o papel imprescindível da leitura na educação dos adolescentes. E muito bem fundadas convicções de que a leitura pode vir a desempenhar, quando assimilada à rotina escolar, a função de catalisadora do melhor em cada leitor, impulsionando-o para grandes voos pessoais, profissionais…Realmente. Mas…espere! Há um risco evidente de grande reducionismo se essa visão se tornar uma abordagem instrumentalizadora da literatura.

 

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Novas mídias ganham estudos no mercado editorial impresso

Novas mídias ganham estudos no mercado editorial impresso

O catálogo da Parábola Editorial e as novas mídias

 

Não sei se você concorda, mas parece haver uma contradição gritando no título acima: a expressão “novas mídias” atrelada ao adjetivo “impresso” [em papel]… típico de nosso mercado editorial.

 

Mas a contradição é só aparente. O mercado editorial em peso tem realmente investido milhares de toneladas de papel e de quilos de tinta para tratar das novas mídias, das novas tecnologias, das redes sociais, do que podemos fazer com elas, por elas, para onde nossos caminhos dão sinais de ir.

 

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A importância da tradução para o Mercado Editorial

A importância da tradução para o Mercado Editorial

Um editor dublê de tradutor

 

O mercado editorial brasileiro não está em seu melhor momento. Mas em que isso afeta as editoras que trazem em seus catálogos obras estrangeiras? Quais os critérios para definir uma boa tradução? Como funciona a tradução em uma editora?

 

Selecionamos os principais trechos da entrevista concedida por Marcos Marcionilo, sócio-editor da Parábola Editorial, ao caderno de Literatura em Tradução da USP N. 16 (2016) em que responde a essas e a outras questões.

 

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O português brasileiro está na moda

O português brasileiro está na moda

Estes livros provam por que é a hora e a vez do português brasileiro!

 

Língua materna como patrimônio

A língua materna é patrimônio de todos os seus falantes. Todos os linguistas já sabem que não são eles os únicos “especialistas” em língua, os únicos a poderem ter voz quando o assunto são questões linguísticas, porque todo falante se sente — e é! — dono e senhor da língua na qual se constrói a cada dia como sujeito falante.

 

Os gramáticos tradicionais talvez devessem chegar a essa mesma convicção para serem menos anacrônicos e menos nocivos ao ensino de língua nas escolas. E os editores em todos os nichos bem que poderiam prestar atenção a esse fato — o falante é senhor da língua — na produção e divulgação de seus livros.

 

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Produção textual acadêmica: como [não] transformar sua tese em livro

Produção textual acadêmica: como [não] transformar sua tese em livro

Dicas do editor da Parábola Editorial

 

Muitos pesquisadores em Letras/linguística já sabem que a Parábola Editorial não publica dissertações de mestrado, teses de doutorado; muito menos, nunca mesmo, trabalhos de conclusão de curso [TCC].

 

Esta postagem me dá a oportunidade de esclarecer algo que afirmo sempre como injunção, sem explicar mais claramente. Óbvio, a posição aqui assumida vale unicamente para a construção do catálogo da Parábola Editorial. Todo outro editor pode pensar e agir diferentemente. Todo outro catálogo pode ser construído diversamente quanto à produção textual a ser transformada em livro. E assim, todo autor pode publicar sua tese. As dicas aqui elencadas são o pensamento e os procedimentos seguidos pelo editor da Parábola e seu conselho.

 

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Linguística revista: novos autores que são promessa na área de Letras

Linguística revista: novos autores que são promessa na área de Letras

Conheça destaques do catálogo de linguística da Parábola Editorial que merecem a atenção

Quando uma editora se dedica a um nicho especializado, como é o caso da Parábola Editorial, consagrada à linguística e à formação de professores na área de Letras, é preciso estar o tempo todo atentos aos clássicos e aos novos autores.

Clássicos e novos autores são o solo no qual uma editora planta sementes de mediação cultural e de efetividade histórica.

O catálogo da Parábola Editorial disponibiliza para os leitores:

  1. Clássicos [William Labov]
  2. Autores muito bem estabelecidos no cenário da linguística nacional [Carlos Alberto Faraco]
  3. Novos autores, publicados como esperança de cada vez maior inserção da editora no debate cultural e na formação de pesquisadores e de professores cada vez mais produtivos de educação e de cultura.

Mesmo sob o risco de sermos injustos com grandes promessas da área de Letras, destacamos uma seleção de poucos nomes, forçosamente restrita a nosso catálogo de linguística, que merece a atenção de nossos leitores. Citaremos bem poucos nomes, mesmo tendo em mente centenas:

  • Francisco Eduardo Vieira
  • Ana Elisa Ribeiro
  • Carla Viana Coscarelli
  • Renato Basso
  • Laura Miccoli
  • Alex Garcia
  • Xoán Lagares
  • Clecio Bunzen Jr.
  • Ronaldo Batista de Oliveira
  • Roberta Pires
  • Orlene Lucia Carvalho
  • Adrián Pablo Fanjul

Claro que essa lista não comporta quase nada da enorme força de pesquisa e de dedicação dos pesquisadores e professores de Letras e de linguística dispersos em faculdades, colégios de aplicação e escolas do país todo. Cada leitor pode apresentar sua lista e, inclusive, chamar nossa atenção para nomes que possam vir a estar em nosso catálogo.

De nossa parte, dizemos: por favor, atenção a esses nomes, muitos deles publicados, outros entrando em 2016 no catálogo da editora que ama as Letras. Acompanhem a contribuição de cada um deles nas obras já publicadas e por publicar.

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Linguística revista: novos autores que são promessa na área de Letras

Linguística revista: novos autores que são promessa na área de Letras

Conheça destaques do catálogo de linguística da Parábola Editorial que merecem a atenção

 

Quando uma editora se dedica a um nicho especializado, como é o caso da Parábola Editorial, consagrada à linguística e à formação de professores na área de Letras, é preciso estar o tempo todo atentos aos clássicos e aos novos autores.

 

Clássicos e novos autores são o solo no qual uma editora planta sementes de mediação cultural e de efetividade histórica.

O catálogo da Parábola Editorial disponibiliza para os leitores:

 

1. Clássicos [William Labov]

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