Blog da Parábola Editorial

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QUAL É A SUA CONTRIBUIÇÃO? Ou A FALTA QUE LER FAZ

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Ana Elisa Ribeiro

 

Fim de ano, safras de trabalhos de conclusão de curso, mestrados e doutorados sendo concluídos, leituras para as férias e eu me pego lamentando que ler esteja tão fora de moda na academia. Há pouco, li um artigo claramente derivado de uma tese. Pelo tema já batido, esperei encontrar nele referência a alguns/mas pesquisadores/as conhecidos/as e só me frustrei. Nada. Nem um toque de Fulana ou Beltrano que vêm trabalhando no assunto há uma, duas, duas décadas e meia, ininterruptamente. Como pode? Ou, como diriam os/as mais digitais: #comofaz?

Há vários anos, quando participo de bancas de mestrado, mas principalmente de doutorado, aponto, quando é o caso, a falta de uma revisão sistemática da literatura da área (geralmente, linguística aplicada ou edição, dependendo do que me chama). Infelizmente, é comum que eu aponte. Há sempre muito o que ler, os prazos são apertados, mas considero imprescindível — para o/a próprio/a pesquisador/a — que ele/ela faça essa revisão, ainda que recorte um período bem recente e não remonte ao século XVIII. Tendo feito isso, minimamente, além de tomar pé do que tem sido pesquisado e produzido, é possível justificar a existência da própria dissertação ou tese. Os trabalhos monográficos deixam de ser um exercício quase de autossuperação ou para o/a orientador/a (uma pequena banca ou a Capes etc.) e passam a ser algo mais: uma contribuição à ciência na área de conhecimento X ou Y.

Pois bem. Lamento que essas revisões estejam meio sumidas dos trabalhos monográficos, mesmo dos extensos. Vejo aqui e ali textos que tratam adamicamente das coisas, como se nada tivesse sido feito, pensado e discutido antes. Em alguns trabalhos, flagro afirmações que seriam facilmente evitadas — de tão ingênuas ou injustas, às vezes bobas — com meia dúzia de leituras relevantes de colegas, às vezes do mesmo programa de pós! E há muitas explicações para isso: o excesso de disciplinas a serem cumpridas nos programas, os prazos da Capes, a nota isto ou aquilo, o sanduíche para a internacionalização do programa etc. Mas nada me convence de que a leitura, esta sim, seja uma das principais e mais necessárias etapas de uma pesquisa.

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Produção textual acadêmica: como [não] transformar sua tese em livro

Produção textual acadêmica: como [não] transformar sua tese em livro

Dicas do editor da Parábola Editorial

 

Muitos pesquisadores em Letras/linguística já sabem que a Parábola Editorial não publica dissertações de mestrado, teses de doutorado; muito menos, nunca mesmo, trabalhos de conclusão de curso [TCC].

 

Esta postagem me dá a oportunidade de esclarecer algo que afirmo sempre como injunção, sem explicar mais claramente. Óbvio, a posição aqui assumida vale unicamente para a construção do catálogo da Parábola Editorial. Todo outro editor pode pensar e agir diferentemente. Todo outro catálogo pode ser construído diversamente quanto à produção textual a ser transformada em livro. E assim, todo autor pode publicar sua tese. As dicas aqui elencadas são o pensamento e os procedimentos seguidos pelo editor da Parábola e seu conselho.

 

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A tese, um desafio possível

A tese, um desafio possível

Há um livro nosso, publicado em julho de 2011, ao qual todos os nossos leitores e leitoras em fase de doutorado precisam prestar atenção, porque foi publicado pensando nele(a)s:

Francisco Perujo Serrano, “Pesquisar no labirinto - a tese, um desafio possível”. Trad.: M. Marcionilo. São Paulo: Parábola Editorial, 2011, 160pp.

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