Dez razões para usar as tecnologias digitais em sala de aula

As tecnologias digitais estão definitivamente integradas em nossas vidas e ninguém mais tem dúvidas da necessidade de sua integração em nossas práticas pedagógicas. Dudeney, Hockly e Pegrum defendem que professores e alunos necessitam adquirir quatro tipos de letramento digital.

Parábola Editorial

1/20/20252 min read

As tecnologias digitais estão definitivamente integradas em nossas vidas e ninguém mais tem dúvidas da necessidade de sua integração em nossas práticas pedagógicas. No livro Letramentos digitais, Dudeney, Hockly e Pegrum (2016) defendem que professores e alunos necessitam adquirir quatro tipos de letramento digital. O primeiro está relacionado ao uso da linguagem para comunicação, incluindo a utilização de celulares; o segundo visa tanto à busca quanto à filtragem de informação; o terceiro diz respeito às conexões como a participação em redes sociais, entre outros tipos de conexão; e o último inclui o (re-)desenho ou remix, como por exemplo, usar editor de imagens, inserir voz ou legendas em um filme com outro sentido, fazer montagens de textos e imagens etc.

Muitos são os motivos para usarmos as tecnologias digitais em sala de aula e o principal deles, em minha opinião, é o fato de fazerem parte de nossa vida cotidiana, pois os computadores, tabletes e celulares conectados à Internet se tornaram uma extensão de nós mesmos. A sala de aula não pode ignorar esses novos hábitos mediados pela Internet.

Muitos outros motivos justificam o uso dessas tecnologias, que se renovam com uma rapidez impressionante, tornando nossas atividades diárias cada vez mais conectadas. A seguir, apresento 10 motivos para usarmos as tecnologias digitais em sala de aula: elas

1. rompem a barreira da sala de aula e conectam os alunos com o mundo (ver Linguagem online: textos e práticas digitais, de David Barton e Carmen Lee);

2. trazem, para a sala de aula, práticas de letramento que acontecem fora da escola, ampliando as experiências de letramento (ver Multiletramentos na escola, de Roxane Rojo e Eduardo Moura);

3. aumentam as possibilidades de interação, a comunicação e o compartilhamento de conhecimento (ver Linguagem online: textos e práticas digitais, de David Barton e Carmen Lee);

4. ampliam as práticas de leitura (ver Tecnologias para aprender, organizado por Carla Coscarelli);

5. oferecem inúmeros recursos multimodais para a escrita (ver Textos multimodais: leitura e produção, de Ana Elisa Ribeiro);

6. proporcionam acesso a muito material gratuito para estudo autônomo (ver exemplos para aprendizagem de inglês em http://www.letras.ufmg.br/arado/);

7. auxiliam alunos e professores a serem protagonistas e a publicarem na web (ver Linguagem online: textos e práticas digitais, de David Barton e Carmen Lee);

8. incentivam a colaboração entre aprendizes (ver fanfics, Google Docs... a produção textual colaborativa no livro Escola@ conect@d@: multiletramentos e as TICs, organizado por Roxane Rojo);

9. promovem debates e maior participação social (ver Redes sociais e ensino de línguas: o que temos de aprender?, organizado por Julio Araújo e Vilson Leffa);

10. permitem a criação de grupos de interesse ou comunidades de prática (ver Linguagem online: textos e práticas digitais, de David Barton e Carmen Lee).

Sei que existem inúmeros motivos, e desafio os leitores a fazerem esta lista crescer, acrescentando outros nos comentários a este post, especialmente nesse momento em que a sociedade vive uma nova revolução tecnológica com a explosão da Inteligência Artificial.

Leituras recomendadas para aprofundamento do tema:

Redes sociais e ensino de línguas: o que temos de aprender?, Vilson Leffa e Júlio Araújoz

Linguagem online: textos e práticas digitais., David Barton e Carmen Lee

Tecnologias para aprender. Carla Viana Coscarelli

Letramentos Digitais. Gavin Dudeney, Nicky Gavin, Mark Pegrum

Textos multimodais: leitura e produção, Ana Elisa Ribeiro

Multiletramentos na escola. Roxane Rojo e Eduardo Moura

Escola@ conect@d@: multiletramentos e as TICs, Roxane Rojo

Hipermodernidade, multiletramentos e gêneros discursivos. Roxane Rojo e Jacqueline Barbosa